Atualizações

Parece que eu nunca aprendo com os meus erros. Incrível que o meu regresso a casa faz-me lembrar tantas coisas.

O 12º ano. Onde, pela incontável vez achei de facto ter conhecido o homem da minha vida - e foi de facto o único relacionamento duradouro que tive -, toda a minha casa me faz relembrá-lo, até a cama dos meus pais, o tapete, os quadros na parede. E de pensar que ele não teve medo nenhum de me magoar. Nunca. Pediu-me perdão para me ferir outra vez. Não choro eu nem estou triste. Apenas sinto uma coceira, como se um membro meu tivesse sido arrancado. Mas o nervo continua lá.

Podia ser uma conclusão, mas ainda quero dizer algo mais. Eu mereço. Tenho é que ficar sozinha. Melhor, solteira. Sem rapazes. Para pensar. Para escolher bem. Para me construir. Pois de 18 anos de vida, ainda não sei bem que tipo de criatura sou. 


Mudando de assunto. Tenho muitos assuntos pendentes. Alguns menos que outros. Este do meu ex espero estar resolvido. Não estou zangada nem triste mas já vi que não vale a pena. Nem se quer me vou voltar a aborrecer, não sei para quê dar uma segunda oportunidade a quem não soube valorizar a primeira. É e há-de ser assim, o problema é que eu vejo muitos filmes e pouco oiço aquilo que o meu pai me diz. Há raros livros que me dizem a verdade, caso é o da Pearl Buck. Abençoada mulher. Nicholas Sparks não leio. Nada contra o senhor, as suas histórias fazem-me sempre chorar - são demasiado perfeitas para existirem. E não me tomem como alguém que não acredita no amor, porque eu acredito e sei que existe - tomem-me como alguém que já viveu o suficiente para perceber que o mundo não é o conto de fadas com que sempre sonhamos. Ou pelo menos que eu sempre sonhei...

Mas é bom estar de volta a casa, estar com os meus amigos. Olhar para a minha forma no meu espelho. Ainda não peguei nos meus livros mas hei-de lê-los. E alguns hei-de os levar lá p'ra cima. Ainda não decidi onde quero viver, por isso é que não sei se devo levar logo tudo ou não. Logo se vê. 

Bem, amanhã vou ver as minhas primas. Elas eram para vir cá mas o Ómega (o meu gato de Vila Real) está em casa e a dar-se pessimamente com o Fígaro (aka Nino, o gato de Lisboa - que já não considero meu) então tenho medo que um dos gatos de doido que está se pegue com as meninas, que o Ómega a mim já me cortou toda. 

É isso de novidades. Voltarei em breve, possivelmente de madrugada - com a lua lá no alto.


(escrevi isto na minha cama, em Lisboa)

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