Espera por mim, que eu voltarei, Mas espera com toda a tua força, Espera quando a tristeza te invadir Com as chuvas amarelas, Espera quando os flocos de neve cobrirem o solo, Espera durante o calor, Espera quando os outros tiverem desistido, Espera com o passado esquecido. Espera quando, de longe, Te não chegarem cartas, Espera quando todos os que esperaram contigo se tiveram cansado de esperar. Espera por mim, que eu voltarei, Não acedas Àqueles que dizem que deverias esquecer-me, Insistindo nesse argumento, Ainda que meu filho e a minha mãe Julguem que eu desapareci, Ainda que meus amigos se cansem de esperar, Se instalem à lateira e bebam Um copo de amargura, Para que a minha alma descanse em paz. [...] Espera. Não te apresses a juntar-te a eles Nesse brinde que me fazem. Espera por mim, que eu voltarei, Mais que não seja para contrariar todas as mortes. Bem podem aqueles que não esperaram Dizer: «Ele teve sorte.» Eles terão dificuldades em compreender, ...